quinta-feira, 6 de junho de 2013

Vídeo Eleição de Diretores





Gestão Democrática nas Escolas Públicas

GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS  PÚBLICAS.
. 1. Introdução

A gestão democrática nas escolas públicas foi o objeto de análise deste trabalho. Visamos estudar os processos democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Professora Josefina e da Escola Estadual José Ribeiro. Considerando o princípio da gestão democrática instituída na legislação vigente, como ponto de partida de nosso estudo, fundamentamos este trabalho nas ideias de diferentes estudiosos da área que concebem a gestão democrática como sendo algo imprescindível para a melhoria no ensino público. Evidenciamos, neste estudo, a necessidade de desenvolver dentro do contexto atual da escola pública, uma proposta baseada no diálogo, de fazer com que os envolvidos no processo educativo sintam-se parte do todo no que tange a participação e as tomadas de decisões no cotidiano escolar.
Desenvolver ações que democratizem a gestão da escola não é tarefa fácil, visto que uma gestão democrática através de ações que possibilitem a descentralização de poder e a participação efetiva de todos que fazem parte da escola no processo educativo,está diante de muitas dificuldades..
Desenvolvimento
No cenário educacional contemporâneo a questão da gestão democrática tem sido alvo de grandes debates, principalmente, na escola pública que muitas vezes interioriza uma gestão pautada no conservadorismo e tradicionalismo. A escola vista como uma organização social, cultural e humana requer que cada sujeito envolvido tenha o seu papel definido num processo de participação efetiva para o desenvolvimento das propostas a serem executadas. Neste contexto, o gestor é um dos principais responsáveis pela execução de uma política que promova o atendimento às necessidades e anseios dos que fazem a comunidade escolar.Partindo desse princípio, a escola precisa rever o papel do gestor escolar no sentido de promover a gestão democrática como prática mediadora do trabalho pedagógico. Destarte, cabe a todos que fazem parte do processo educativo, buscar mecanismos de mudança frente às novas perspectivas educacionais no que diz respeito à efetivação da gestão democrática nas escolas públicas de todo o país.
 Este trabalho enfoca, portanto, a importância da gestão democrática respaldada nas ideias de diferentes autores da área como Gadotti (2001), Silva (1996), Veiga (1997), Vianna (1986), Libâneo (2004), Lück (2006) e Paro (2006). Estes estudiosos partem da premissa de que através da realização de um trabalho participativo, autônomo e democrático, envolvendo todos os segmentos sociais que compõe a escola; podemos contribuir para o rompimento do autoritarismo que ainda permanece no interior das escolas e proporcionar uma reflexão quanto ao papel do gestor na busca de uma escola pública de qualidade.  Imprimir uma nova filosofia de gestão implica na ruptura de paradigmas tradicionais e automaticamente nos leva a questionar sobre os aspectos relacionados à gestão democrática que supostamente vem sendo adotada em algumas escolas da rede pública de ensino no Brasil.
Há pessoas trabalhando na escola, especialmente em postos de direção, que se dizem democratas apenas porque são “liberais” com alunos, professores, funcionários ou pais, porque lhes “dão abertura” ou “permitem” que tomem parte desta ou daquela decisão. Mas o que esse discurso parece não conseguir encobrir totalmente é que, se a participação depende de alguém que dá abertura ou permite sua manifestação, então a prática em que tem lugar essa participação não pode ser considerada democrática, pois democracia não se concede, se realiza: não pode existir “ditador democrático”. (PARO, 2001, pp. 18-19)
 Nesta perspectiva, buscamos respostas para as seguintes questões que delimitam o objeto a ser estudado: De que forma a escola pode desenvolver ações que caracterizem uma gestão democrática? Qual a situação atual da equipe gestora e docente frente à perspectiva democrática? Quais os instrumentos necessários para a implantação da gestão democrática e quais os
desafios desta implementação?
Entendemos que o tema é relevante, pois envolve um assunto de interesse dos que se preocupam em fazer uma educação voltada para a integração de todos os atores do ambiente escolar através de uma gestão participativa e democrática.
A gestão democrática faz parte da luta de educadores e movimentos sociais Segundo GADOTTI (2001) de nada adiantaria uma Lei de Gestão Democrática do Ensino Público que concede autonomia pedagógica, administrativa e financeira às escolas, se o gestor, professores, alunos, e demais atores do processo desconhecem o significado político da autonomia. Para este autor, o exercício desta autonomia não é dádiva, mas sim uma construção contínua, individual e coletiva. Nesta perspectiva, efetivar uma gestão democrática implica na participação de todos os seguimentos da comunidade escolar levando à construção de espaços dinâmicos, marcados pela diversidade e pelos distintos modos de compreender a escola. De acordo com Paro (2006, p.25), “Não pode haver democracia plena sem pessoas democráticas para exercê-las”.
Nesse contexto, um dos grandes desafios em busca de uma gestão democrática é saber escolher os diretores por meio de eleições.
Nas escolas municipais do nosso município os diretores são indicados pelo governo municipal em exercício e nas escolas estaduais são alunos pais e funcionários que escolhem os diretores por meio  de eleições.
Considerações finais
 Diante do exposto, é preciso que a escola repense urgentemente o seu papel em busca de formar cidadãos críticos, participativos e atuantes, orgulhosos de seu saber, capazes de solidarizar com o mundo exterior e serem capazes de enfrentar o mundo do trabalho como realização profissional através de atitudes de humanização e respeito ao próximo.
Pensando em um modelo de escola democrática, gestores e docentes devem proporcionar um espaço de interação de saberes e delegação de poder em prol da aprendizagem significativa do aluno. Pensar o trabalho coletivamente significa construir mediações capazes de garantir que os obstáculos não se constituam em imobilismo, que as diferenças não sejam impeditivas da ação educativa coerente, responsável e transformadora.
REFERÊNCIAS
Currículo, conhecimento e cultura escolar / Adriana Regina de Jesus Santos. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
GADOTTI, Moacir. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 2001.
Metodologia da pesquisa científica: pedagogia/ Vilma Aparecida Gimenes da Cruz.- São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
 PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Ática, 2006.
Políticas e Gestão dos Espaços Educativos: pedagogiaIII Adriana de Araujo, Josiane Burque Ricci Nascimento, Samira Fayez Kfouri da Silva. – São Paulo; Pearson Prentice Hall, 2011.
Tecnologias em educação: pedagogia / Juliana Telles Faria Suzuki, Sandra Regina dos Reis Rampazo. –São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.